terça-feira, 14 de maio de 2013

TEATRO ALVES COELHO: DRAMA OU COMÉDIA?

Na Assembleia Municipal de Arganil do dia 25 de Abril, foram debatidas algumas das prioridades em termos dos investimentos realizados em Arganil, sendo entendimento do PS que a intervenção na antiga Cerâmica Arganilense, da forma como foi efectuada, colocou em causa a realização de outros projectos no Concelho, nomeadamente a recuperação do Teatro Alves Coelho.


Em resposta, o Senhor Presidente da Câmara Municipal referiu que a beneficiação do Teatro não foi efectuada porque a CCDRC não abriu nenhum concurso no âmbito do Mais Centro (QREN) que permitisse o financiamento dessa obra, o que contraria as informações sempre prestadas ao Executivo Municipal, como por exemplo nas reuniões de 25 de Fevereiro e 6 de Julho de 2010, em que foi garantido que a obtenção de ajudas comunitárias estava assegurada pelo processo de contratualização entre a CIMPIN e a CCDRC.

No âmbito deste processo, a CIMPIN gere um pacote financeiro destinado a um conjunto de projectos identificados e propostos pelos Municípios, tendo no caso de Arganil sido identificada a beneficiação da Cerâmica Arganilense, a intervenção no Sub-Paço e a recuperação do Teatro Alves Coelho, não podendo estes serem submetidos a outros concursos que entretanto poderiam ser abertos.

As anteriores declarações confirmam, assim, que estava garantido financiamento comunitário para a recuperação do Teatro Alves Coelho.

Aliás, nos Concelhos vizinhos de Góis e Tábua foram aprovados pelo QREN, projectos com as mesmas características e funcionalidades das que sempre se desenvolveram no Teatro Alves Coelho, o que comprova que tal era possível.

Contudo, verificou-se que na sequência do processo de reorçamentação, e por opção do Executivo Municipal, os meios que estavam destinados ao nosso Concelho foram utilizados para reforçar a comparticipação comunitária do projecto da Cerâmica Arganilense.

Como foi referido pelo líder da bancada do PS, o Executivo PSD colocou “os ovos todos no mesmo cesto”, impedindo que fossem alocados recursos para a recuperação de um património de muito diz aos Arganilenses.

Acresce o facto de estarem a decorrer os trabalhos relativos à definição do programa preliminar a que deve obedecer o projecto de requalificação do Teatro Alves Coelho, o que significa que a sua intervenção não será para breve, já que voltámos à estaca zero, pois o anterior projecto foi simplesmente “deitado ao lixo”.

Quando sempre dissemos que o investimento da Cerâmica Arganilense, tal como foi preconizado, iria inviabilizar outras intervenções, esta é a demonstração clara de que a razão está do lado do PS.


Sobre o que fez o PS pelo Teatro Alves Coelho durante os 8 anos em que teve responsabilidades na Câmara Municipal, diremos que fez o possível em articulação com a Santa Casa da Misericórdia de Arganil, proprietária do imóvel à data e nunca deixou de o assumir como a principal referência cultural do Concelho, não desrespeitando a sua história. 

O direito de superfície concedido por 50 anos ao Município de Arganil, foi assinado pelo Executivo do PSD em 2008, momento a partir do qual esta Autarquia passou a beneficiar das receitas pagas pelos arrendatários de espaços comerciais em funcionamento nesse edifício.